Casa de pedreiro, espeto de pau. Lembro-me com muita tristeza que a secretária da minha casa ainda não conseguiu vencer o analfabetismo. Sim, é muito triste não poder se comunicar por não compreender as letras e nem saber diferenciá-las.
Quando eu estava morando em casa (sai de casa há pouco mais de um ano), fiz um esforço danado para tentar ensiná-la algumas letras e palavras, comprei caderno de caligrafia e livros direcionados para a alfabetização. Mas como não encontrei nada acerca de alfabetização de adultos, comprei aqueles coloridos, cheios de figuras, para crianças. Falha total...
Talvez isso a tenha desestimulado.
Eu cobrava uma página de caligrafia - e ela os fazia, mas depois de uns dois meses, perguntei, apontando para a letra E, que letra era aquela... E ela não soube me dizer. A rotina dura: emprego, família e namorados que só dão trabalho, a impediram de prosseguir. Pessoas que não tiveram a possibilidade quando crianças dificilmente conseguem tempo, depois de adultas, para aprender a ler, ou aprender qualquer outra coisa.
Temos de valorizar muito nossos "baratos" professores... Uma nação só pode ir para frente quando os professores são valorizados. E as crianças que têm a possibilidade de estudar deveriam dar muito valor a isso.
Quanto à frase de Quintana, poeta que sempre leio, não posso deixar de concordar um pouco... Mas, não sei, analfabetismo é uma palavra muito forte para mim... Nem sempre as pessoas têm tempo para ler, infelizmente, a vida para a maioria das pessoas é muito dura, e a cultura da tv muito arraigada... Não é culpa deles...
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